Depressão é como é conhecida popularmente a doença que os médicos denominam de depressão do humor. O humor é um dos itens do exame mental que é observado pelo médico psiquiatra e que se refere ao grau de satisfação do paciente com a vida.
A satisfação do paciente pela vida pode está aumentada (mania ou hipomania), equilibrada (bom humor) ou deprimida (depressão). Além de tristeza e crises de choro, o paciente com esta doença apresenta: alterações do sono (insônia ou sonolência excessiva), desmotivação, anorexia ou aumento da vontade de comer, diminuição da libido, baixa auto-estima (sentimento de menos valia), dores, irritabilidade fácil (alteração patológica das emoções) e até chegando a não mais desejar viver.
O humor pode ficar deprimido não somente quando existe doença mas também por motivos puramente existenciais (ex: morte de um parente querido); neste caso o quadro se assemelha a própria doença mas desaparece completamente em torno de seis meses sem nenhum tratamento. Quando se está doente o tratamento é baseado em acompanhamento médico pelo menos mensal (com prescrição de remédios antidepressivos) e psicoterapia feita pelo psicólogo uma vez por semana.
ALTERAÇÕES PSIQUIÁTRICAS EM UM PACIENTE COM CÂNCER.
Com o surgimento de novos tratamentos para o câncer essa doença deixou de ser necessariamente mortal e na grande maioria das vezes passou a ser uma doença crônica ou curável; isso fez com que os aspectos psiquiátricos da doença (as reações tanto ao diagnóstico quanto ao tratamento) fossem cada vez mais consideradas importantes.
Cerca de metade de todos os pacientes com câncer têm transtornos mentais. As doenças psiquiátricas mais comuns em quem tem câncer são: transtornos de adaptação, depressão e delirium. Quando uma pessoa fica sabendo que tem câncer, suas reações psicológicas incluem medo da morte, do desfiguramento e da incapacitação, medo do abandono e perda da independência, medo da perturbação dos relacionamentos, do funcionamento de papéis e da situação financeira, bem como ansiedade, raiva, culpa e ainda pensamentos e desejos suicidas.
O paciente quando recebe o diagnóstico de câncer geralmente passa a ter um dos seguintes posicionamentos: nega a própria doença, fica aflito, conforma-se com a situação ou tem uma atitude de enfrentamento onde tenta a resolução do problema; sendo este o posicionamento mais desejada pela equipe que lhe trata.